PLACEBO

Quem nunca tomou um copo de agua com açucar para se acalmar? Você sabia que isso faz parte do efeito placebo?

Mas você sabia que Placebo é um termo biblico, e que era utilizado como referencia para penetras de velórios na roma antiga!? Essas e muitas outras curiosidades no programa de hoje!

Acesse trabuco.online para ter o texto completo do programa, descrição da trilha sonora e links comentados, além claro dos links dos meus mais que especiais convidados Vanora e Petrus David.

História do Efeito Placebo

O que é Placebo

Pílulas de placebo

Um dos fenômenos médicos mais fascinantes é o efeito placebo. Na medicina, um placebo é considerado qualquer tratamento médico que não seja “real”, isso pode ser uma pílula falsa, uma injeção ou, em alguns casos, até uma cirurgia falsa.

O efeito foi amplamente estudado e os placebos continuam a ser usados ​​na pesquisa médica hoje, embora sempre bom colocar, os placebos não sejam considerados tratamentos médicos éticos, eles foram amplamente utilizados no tratamento médico ao longo da história.

Origem do termo

O termo placebo vem de uma antiga frase derivada do latim, “Placebo Domino in regione vivorum”, que é encontrada na bíblia católica, no Livro dos Salmos 114 capítulo 9, se traduz e “Na presença do Senhor continuarei o meu caminho na terra dos vivos.” ou então o também utilizado “Agradar ao Senhor na terra dos vivos”.

A origem do termo em latim, muito provavelmente vem do dominio romano em regiões de linguas inglesas, por mais que as legiões romanas não tenham ficado por tanto tempo nestas localidades, foi o suficiente para deixar grandes marcas culturais.

Uma curiosidade é que nos tempos romanos, “placebo” em um funeral, significava fingir conhecer o falecido para ganhar uma refeição grátis, já que você teria que “bajular” a família para isso.

Eventualmente, “placebo” passou a significar qualquer coisa que agradasse aos outros, fosse verdadeira ou não. Assim, o termo como conhecemos a sua aplicação ganhou forma, e mesmo que um remédio não funcione de verdade, agrada ao paciente pensar que está sendo curado.

O precursor do termo na literatura, foi ninguém mais ninguém menos do considerado pai da literatura britânica Geoffrey Chaucer, em seu livro “Parson´s Tale” (O Conto do Pároco), onde ele utiliza a citação, “Os bajuladores são os capelães do diabo que cantam sempre placebo.”

Como resultado da imensa popularidade da obra de Chaucer, o placebo acabou por significar qualquer tipo de bajulação vazia.

Em 1697, um médico chamado Robert Pierce pegou a palavra, e escreveu um artigo com bastante dor de cotovelo intitulado “memórias de Bath: or, Observations in Three and Forty Years Practice” e com isso foi cravado oficialmente o primeira vez que o termo foi referido oficialmente na medicina.

No artigo escrito por Pierce, ele reclamava que estava perdendo pacientes para um colega próximo a quem deu o nome de “Dr Placebo”, “a peruca dele era mais profunda do que a minha por dois cachos”. Uma peruca cara era uma indicação clara de que havia mais dinheiro a ser ganho distribuindo lisonjas do que remédios.

Graças à popularização da palavra “placebo” pelo Dr. Pierce entre seus colegas médicos, ela iria, ao longo dos próximos dois séculos, adquirir uma variedade de usos: não menos “médicos placebo”, “pílulas placebo”, e claro “efeito placebo”.

Com o termo popularizado como um jargão da medicina, o primeiro registro conhecido de um placebo sendo prescrito por um médico ocorreu em 1752. O Dr. William Smellie, um obstetra escocês, escreveu em seus diários: “… Será conveniente prescrever algum inocente Placemus, para que ela demore um pouco, para seduzir o tempo e agradar sua imaginação.”

Placemus, outro termo para placebo, indica que ele estava disposto a prescrever a uma paciente um tratamento conscientemente falso apenas para deixá-la à vontade.

Com o termo caindo em popularidade, não demorou para ele aparecer como um verbete de um dicionário, e foi Robert Hooper, um médico britânico nos séculos 18 e 19 quem publicou no Quincy’s Lexicon-medicum, um popular dicionário médico da epoca, em 1811, Hooper definiu “placebo” como “um epíteto dado a qualquer medicamento adaptado mais para agradar do que para beneficiar o paciente.

Primeiro estudo de eficácia

Um dos casos específicos mais conhecidos de um placebo administrado a um paciente ocorreu em 1799 pelo médico britânico John Haygarth.

Ilustração de John Haygarth utilizando seus tratores

Haygarth tinha visto um novo “remédio médico” à venda chamado tratores Perkins, que eram hastes de metal, basicamente uma grande agulha, que alegavam “extrair doenças do corpo”, livrando-o de fluido elétrico. Alegadamente, os tratamentos eram tão populares na época que até  George Washington  tinha um conjunto desses tratores.

Desconfiado do novo tratamento, Haygarth tratou os pacientes com tratores Perkins reais e tratores Perkins falsos de madeira que ele havia produzido para parecerem idênticos aos reais. Ele descobriu que 4 em cada 5 indivíduos tratados com tratores falsos para  reumatismo  relataram sentir-se melhor depois de usá-los. Ele achou esses resultados fascinantes e desejou fazer mais pesquisas sobre a legitimidade de novos remédios médicos. Haygarth também especulou que os tratores podem não ter funcionado com eletricidade, mas por “fé”.

Embora o próprio Haygarth não tenha chamado esse fenômeno de efeito placebo, ele anotou esses resultados em seu livro  On the Imagination as a Cause and as a Cure of Disorders of the Body.

O farmacêutico francês Emile Coué, no final do século XIX, promoveu particularmente o efeito placebo. Ele prescrevia placebos, contava ao paciente sobre o grande sucesso da droga entre seus outros pacientes e até elogiava verbalmente os pacientes quando tomavam a  medicação Essa “performance” usada na prescrição de medicamentos resultou em uma resposta positiva de muitos de seus pacientes, que ele descreveu em seu livro  Self-Mastery Through Conscious Autosuggestion , de 1920.

Beecher E a Falta de Anestesia

As notícias do efeito placebo se espalharam descontroladamente no início do século 20 devido ao aumento da impressão barata e da comunicação à distância.

Um artigo no  The Lancet  uma vez usou o termo “efeito placebo” em 1920. Um anestesista na Segunda Guerra Mundial, Henry Beecher, aprendeu o termo com esses tipos de publicações e testemunhou isso em primeira mão durante a guerra. Quando a morfina  estava em falta no campo de batalha, as enfermeiras fingiam injetar morfina nos soldados feridos e eles alegavam não sentir dor. Na realidade, eles só foram injetados com solução salina.

As observações de Beecher levaram a uma análise mais aprofundada dos placebos na pesquisa médica. Ele observou que a maioria dos placebos foi eficaz quando o tratamento deveria mudar a percepção, como a percepção da dor ou condições de saúde mental, como  a depressão. 

Ao longo do século 20, isso foi levado em consideração para testar a funcionalidade dos medicamentos para essas condições. Na década de 1950, Beecher publicou seu famoso artigo “The Powerful Placebo”, que afirmava que 35% dos pacientes alegavam melhora nos sintomas após apenas um placebo.

Embora esses resultados fossem fascinantes, médicos e pesquisadores na década de 1990 questionaram esses resultados. Segundo eles, algumas das condições de saúde que Beecher observava poderiam ter sido curadas naturalmente pelo corpo ao longo do tempo. Isso significaria que o placebo sozinho não era a causa de sua  cura percebida.

O médico Henry Beecher, provavelmente influenciado por estas experimentações, ficou famoso posteriormente pela publicação de um artigo em 1966 sobre experimentação médica antiética no New England Journal of Medicine – “Ethics and Clinical Research” – foi fundamental para a implementação de regras federais sobre experimentação humana e consentimento informado.

Cirurgias Placebo

Ensaios futuros precisarão comparar a percepção de usar um placebo versus não usar nenhum tratamento. Isso permitiria aos médicos observar se a cura natural ao longo do tempo é comparável à “cura” observada em pacientes com placebo.

De fato, alguns desses experimentos já foram realizados, e os resultados indicam que há poucas evidências de que os placebos produzam algum tipo de cura nos pacientes. Para aqueles que afirmaram que se sentiram melhor, os cientistas suspeitam que pode ter havido algum viés baseado em tomar um “remédio” que resultou em um pequeno efeito placebo entre alguns indivíduos.

Por causa dessas contradições, os ensaios clínicos com placebo ainda estão em pleno uso.

De fato, alguns médicos agora estão usando cirurgias com placebo para determinar se o efeito placebo funciona fora de pílulas de açúcar e injeções falsas.

Dr. Bruce Moseley realizou cirurgia no joelho em 180 indivíduos com  dor severa no joelho  em 2002. O problema? Metade delas eram cirurgias falsas. Os pacientes foram anestesiados e uma pequena incisão foi feita no joelho, mas nenhuma outra parte da cirurgia foi realizada. Em mais da metade dos testes, a cirurgia falsa foi considerada tão eficaz quanto a cirurgia real.

Ensaios futuros devem ser feitos para determinar quão éticos são os tratamentos com placebo em comparação com os tratamentos comuns. Além disso, experimentos futuros determinando a eficácia de placebos versus a falta de tratamento devem ser continuados para determinar sua precisão.

Links Utilizados:

https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/salmos/114/

https://www.ancient-origins.net/history-ancient-traditions/history-placebo-0017054

https://www.independentpharmacist.co.uk/practice-modules/the-romans-had-a-word-for-it

https://www.medicalnewstoday.com/articles/306437

https://en.wikipedia.org/wiki/Henry_K._Beecher

TRILHA SONORA:

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Music: Crusade Heavy Industry by Kevin MacLeod
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